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  • Foto do escritorProjeto Madona

Impacto ambiental dos absorventes descartáveis

E quais as principais opções para quem gostaria de mudar os hábitos!


O primeiro absorvente descartável chegou ao Brasil em 1930, mas foi na década de 50 que começou a se popularizar. Representando maior conforto e praticidade, a novidade foi estampada em várias campanhas de marketing relacionando as mulheres que usavam os absorventes à ideia de modernidade, eficiência e equilíbrio. O novo produto realmente facilitou a vida de várias mulheres, trazendo muita praticidade e conforto.

Porém, ao longo do tempo, o fato de serem descartáveis se tornou um problema. Estima-se que a mulher faz uso de cerca de dez absorventes descartáveis em cada ciclo menstrual, e de dez mil a 15 mil da puberdade até a menopausa. Em média, cada brasileira joga 3 kg de absorvente no lixo por ano, e em toda a sua vida gastará mais de 130 quilos de absorventes.

Eles são feitos principalmente de materiais sintéticos, como polietileno, propileno, adesivo termoplásticos, papel siliconado, polímero superabsorvente e um agente controlador de odor, além de fibra de celulose. Resumindo, a principal matéria prima é o plástico! Por isso, demoram mais de 100 anos para se dissolver no planeta. Além disso, podem contaminar o ambiente por conterem aditivos químicos, que foram utilizados na sua fabricação.


Mas o principal impacto ambiental desses produtos começa na extração e no processamento das matérias-primas, que se baseiam na produção dos plásticos (petróleo) e da celulose (árvores). Como a produção de plástico requer muita energia e cria resíduos de longa duração, é um produto de pegada ambiental elevada. E a celulose é uma matéria-prima que tem de ser bem fiscalizada para garantir sua origem sustentável (madeira certificada). 

Como no Brasil não existem estações de reciclagem para esses materiais, são todos jogados em aterros sanitários e lixões, causando um problema ambiental. E como mudar essa situação?

Os absorventes são recicláveis?  O produto como um todo ainda não é, mas existe o caso da empresa canadense Knowaste, que separa os componentes de produtos absorventes higiênicos e os transforma em telhas e madeira sintética.

E os absorventes são compostáveis? Também é possível que sejam. É o que a empresa neozelandesa Envirocomp vem fazendo com eles há alguns anos. Ambas alternativas até o momento não chegaram ao Brasil. Enquanto não temos esse tipo de reciclagem, podemos optar por outras opções de produtos ecológicos, sem química nociva em sua composição. Apesar de serem mais caros na hora de comprar, a maioria recompensa com a durabilidade. Já existem várias opções diferentes, busque descobrir qual o mais fácil de se adaptar e confortável para você. Separamos algumas opções abaixo: Absorvente Ecológico

Absorventes de pano são uma alternativa. O modo de usar é o mesmo dos produtos

descartáveis, a diferença é que, depois de usado, deve ser lavado. Feito de algodão, não causa alergias na pele, além de permitir que a pele “respire”. Ainda que exija consumo de água e energia na lavagem, há a economia de matéria prima, por serem reutilizáveis.

Essa opção é fácil de encontrar (inclusive na internet) e existem blogs e vídeos que ensinam a fazer o próprio absorvente de pano. A durabilidade desse tipo de absorvente é de aproximadamente 5 anos.

Coletor Menstrual

É uma outra opção, dessa vez mais parecido com o absorvente interno, também facilmente encontrado na internet. O coletor é um copo de silicone hipoalergênico (não causa alergia) que coleta a menstruação. Esse, como é interno, pode ser usado durante 10 horas, dependendo da intensidade do fluxo.

Depois desse período é necessário esvaziar e lavar com água e sabão antes de recolocar. Os fabricantes costumam enviar manuais de como utilizar e fazer a higienização do produto, que também tem vídeos no YouTube com demonstrações. O coletor tem durabilidade de 3 anos ou mais, dependendo do cuidado na limpeza. Calcinha absorvente

É uma calcinha que contém um material capaz de conter o fluxo menstrual, sendo, ao mesmo tempo, à prova de manchas. A função dessa calcinha, é reter o líquido, impedir vazamento, matar germes e bactérias e garantir a pele seca.


Existem opções com camadas absorventes de maior capacidade de retenção (equivalente a dois absorventes internos médios) e de menor capacidade de retenção. A vantagem é que ela é reutilizável, podendo ser lavada e utilizada novamente, como uma calcinha normal. Porém não foi especificado pelos fabricantes o material usado na composição da camada absorvente.

Absorventes Biodegradáveis

Existe a opção dos absorventes biodegradáveis, que são similares aos descartáveis, mas produzidos com algodão orgânico, sem material sintético e produtos químicos. 

Os produtos são hipoalergênicos e  biodegradam em até cinco anos (em média, mas as condições dessa biodegradação não são especificadas).


Qual dessas opções você prefere? Já experimentou alguma?


Para quem se interessar mais sobre o assunto, leia a matéria incrível do National Geographic 👇


Clique para ler a matéria!

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