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  • Foto do escritorProjeto Madona

O que é o objetificação feminina?

Como surgiu e quais as consequências disso para as mulheres?


No início do século XXI, entendia o homem como provedor e a mulher como dependente dele. A cultura patriarcal refere-se ao comportamento esperado das mulheres nesse contexto em que elas eram economicamente dependentes dos homens.


O “contrato tácito de troca” previa que as mulheres, por serem sustentadas pelos maridos, cuidassem dos afazeres domésticos e os satisfizessem sexualmente.


Atualmente, por mais que as mulheres tenham alcançado mais independência financeira, uma das características da cultura patriarcal que ainda permanece é a objetificação do corpo feminino, uma vez que essa objetificação está intimamente ligada à função do corpo da mulher enquanto mero objeto de prazer sexual masculino.

Quando falamos de objetificação do corpo feminino estamos nos referindo à banalização da imagem da mulher, ou seja: a aparência das mulheres importa mais do que todos os outros aspectos que as definem enquanto indivíduos.


Isso colabora drasticamente para perpetuar a cultura do estupro.

Além disso, nas mídias é venerado uma idealização do corpo feminino, algo que praticamente não existe, mostrando um mundo que não aceita o corpo feminino como ele é.


Ou melhor, um mundo que só aceita o corpo feminino quando ele é passivo e obedece determinados padrões externos, deixando, assim, de pertencer às próprias mulheres que o possuem.

Hoje em dia, é possível perceber esse tipo de comportamento de objetificação nas mídias social, filmes, músicas e principalmente propagandas, relacionando o corpo da mulher à qualidade do produto.


Nas redes sociais, é comum comentários que não apenas a insultam, mas reduzem a mulher a um brinquedo sexual, feito para satisfazer os homens.


Como se aquela foto postada fosse pensada exclusivamente para o prazer masculino, ignorando todo seu talento, beleza natural, seus sentimentos e vontades próprias.


Isso desanima qualquer mulher, pois sabemos que qualquer visibilidade feminina pode ser levado ao modo sexual.

A objetificação opera de formas diferentes e mais perversas em se tratando de mulheres negras, pois há sobreposições de opressões: pelo fato de serem negras e mulheres, as formas de violência aparecem para elas de maneira ainda mais bruta.


A mulher negra é cercada de dicotomias quando o assunto é seu corpo: por um lado, há um misto de invisibilidade e indesejabilidade quando o corpo feminino é negro, pois no mercado erótico, nas revistas masculinas e na representação midiática prevalecem as mulheres brancas e loiras como mulheres desejáveis.

Porém, nas ocasiões em que se expressa algum desejo por mulheres negras, é quase sempre pela ideia de que ela é um “sabor diferente” e “mais apimentado” de mulher. O corpo feminino negro é hipersexualizado, considerado exótico e pecaminoso. Um exemplo é a fala “cor do pecado”.


Essa é a brecha que sobrou para que o racismo continue a ser imposto às mulheres negras: a dicotomia do gostoso, exótico e diferente, mas que ao mesmo tempo é proibido, impensável, pecaminoso e não serve para o matrimônio ou monogamia


As mulheres trans costumam sofrer mais ainda que as mulheres cis. A curiosidade dos homens cis em corpos trans subordinam as mulheres trans à objetos. Em vez de serem consideradas companheiras, almas-gêmeas ou namoradas, as mulheres trans são tratadas como brinquedos facilmente dispensáveis ​​dos homens.



Fontes: Portal Geledés, Politize, Nó de oito, Medium, Revista Fórum

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